Definição das eleições e exterior em recuperação impulsionaram o mercado

O mês de outubro foi positivo no mercado local com destaque para a definição das eleições, com o ex-Presidente Lula eleito para seu terceiro mandato. Apesar da vitória de Lula, a nova composição da câmara dos deputados e senado afastou o temor de um governo com medidas populistas extremas, contribuindo assim para melhora do mercado. Outros destaques foram as novas quedas nas projeções de inflação, queda da taxa de desemprego e a manutenção da taxa básica de juros pelo Banco Central.

Já no exterior, o mês foi de forte recuperação. As principais bolsas terminaram positivas, influenciadas principalmente pelo crescimento do PIB americano acima do esperado no trimestre, que foi impulsionado pelo consumo das famílias e pelo setor externo, e uma sinalização de membros do FED, embora que discreta, de uma menor necessidade de aumento de juros para controlar a inflação.

Brasil: Após o desfecho da eleição para presidente mais acirrada da nossa história, os ativos financeiros brasileiros tiveram um mês de desempenho positivo, com o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, subindo +5,4% depois de muitas oscilações durante o mês. No ano, o índice acumula alta de +10,7%. Com a definição das eleições, o mercado começou a especular sobre a escolha da equipe econômica do novo governo, assim como calcular os impactos fiscais das promessas de campanha.

Na economia, continuamos com a desaceleração inflacionária vista nos últimos dois meses, com deflação pelo terceiro mês consecutivo. Desta forma, o mercado segue reduzindo a expectativa de inflação anual, atualmente em 5,61%. Com o arrefecimento da inflação, o Banco Central interrompeu o ciclo de alta na taxa básica de juros e manteve a SELIC em 13,75%, com expectativa de redução a partir de meados de 2023.

Outro destaque da nossa economia foi a sétima queda consecutiva da taxa de desemprego, que caiu para 8,7%. Embora seja uma tendência do processo de retomada do mercado de trabalho após a pandemia, o forte crescimento da atividade econômica também teve contribuição na criação de novas vagas de emprego.

O índice de confiança empresarial (ICE), medido pela Fundação Getúlio Vargas, teve queda de 3,3 pontos, atingindo 98,2 pontos, menor nível desde maio. O ICE registrou piora das expectativas nos quatro setores pesquisados (Indústria, Serviços, Comércio e Construção), sinal de que o setor produtivo espera uma desaceleração do nível de atividade nos próximos meses.

Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em outubro:

  1. A rentabilidade dos títulos públicos federais, medida pelo IMA-B (principal índice de referência dos títulos públicos brasileiros), foi positiva em +1,23%;
  2. O IBOVESPA, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou o mês com alta de +5,45%;
  3. O CDI, principal referência para os ativos de renda fixa, trouxe retorno de +1,02%;
  4. A caderneta de poupança rendeu +0,65% no mês;
  5. O dólar Ptax encerrou o mês em queda de -2,77% frente ao real.

Exterior: A inflação continua sendo a grande preocupação ao redor do mundo, aumentando os desafios da política monetária para praticamente todos os Bancos Centrais.

Nos Estados Unidos, apesar da desaceleração da atividade econômica atual, o FED (órgão equivalente ao Copom no Brasil) diz estar comprometido em conter a inflação, independentemente de ambiente recessivo ou até com maior taxa de desemprego.

Na China, embora o crescimento econômico do trimestre tenha superado a expectativa do mercado, as novas restrições de mobilidade devido a estratégia de covid zero, a queda prolongada no setor imobiliário e os riscos de recessão global estão aumentando os temores de desaceleração da atividade industrial e do enfraquecimento da demanda, consequentemente reduzindo a projeção de crescimento econômico do país.

Já na Zona do Euro, a atividade econômica teve forte desaceleração no último trimestre e a inflação continua atingindo novos recordes. O principal fator inflacionário continua sendo o custo de energia devido a restrição de gás russo, porém todos os outros componentes da inflação com alimentos, bens industriais e serviços, também aumentaram. Com isso, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou as suas taxas de juros em 0,75 ponto percentual e deixou em aberto a possibilidade de novos aumentos até que a inflação demonstre sinais de arrefecimento.

As bolsas internacionais encerraram o mês com o seguinte desempenho: O S&P500 (Índice que mede o desempenho de 500 empresas norte-americanas) fechou em alta de +7,99%. O Euro Stoxx 50 (Índice composto por 50 empresas de maior destaque da Zona do Euro) fechou em alta de +9,02% no mês. Entre os emergentes, o MSCI-EM (Índice de referência composto por ações dos principais países emergentes) fechou em queda de -3,15%.

WSS: Em outubro a rentabilidade da WSS foi de +2,14%. O gráfico a seguir mostra a contribuição positiva ou negativa de acordo com o volume aplicado em cada segmento.

Obs: Cota WSS de outubro é prévia, sujeita a pequenos ajustes.

No acumulado de 2022, os investimentos da WSS totalizam retorno de +9,85%. Nos últimos 12, 24 e 36 meses a rentabilidade da WSS acumula +12,23% (106% do CDI), +20,16% (132% do CDI) e +25,71% (136% do CDI) respectivamente.

Histórico de Rentabilidade da WSS x CDI e Poupança:

Atenção: Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura.