Análise do Mercado

Análise de mercado e cota de março: +0,48%

As preocupações com a dívida pública e a persistência da inflação com manutenção dos juros mais altos impactaram nosso resultado.

No Brasil, o mês foi marcado pelo aumento das preocupações com a tendência da dívida pública após divulgação do déficit de R$ 58 bilhões em fevereiro e pelo aumento da inflação, impactada principalmente pela alta nos preços dos alimentos. Com mais incertezas no radar, os juros futuros aumentaram e prejudicaram os ativos financeiros locais.

Já no exterior, apesar do conturbado cenário geopolítico, o mês foi positivo nas principais economias. Com a inflação em queda nos Estados Unidos e na Europa, os agentes de mercado aguardam o início do ciclo de cortes nos juros básicos no segundo semestre, o que pode impulsionar a atividade econômica.

Diante deste cenário, a rentabilidade dos investimentos da WEGprev atingiu resultado de +0,48%no mês. O gráfico a seguir mostra a contribuição de cada segmento, positiva ou negativa, de acordo com o volume aplicado.

Obs: Cota informada acima é prévia, sujeita a pequenos ajustes.

Segue comparativo de rentabilidade dos últimos 5 anos:

Brasil: Os ativos brasileiros tiveram desempenho modestos no mês, em resposta à tendência da dívida pública e a maior expectativa de juros futuros para combater a inflação.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, teve queda de -0,7% no mês, acumulando queda de -4,5% no ano. Os investidores estrangeiros seguem retirando capital da bolsa brasileira, sendo que no ano o saldo das retiradas é negativo em torno de R$ 20 bilhões. A preocupação com o quadro fiscal brasileiro e as intervenções do governo federal em empresas relevantes da bolsa motivaram a saída dos recursos estrangeiros.

No segmento de renda fixa, o IMA-B, que é um índice formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA, apresentou alta modesta de +0,08%.

Já a moeda brasileira (BRL) obteve desvalorização de -0,26% ante o dólar americano, acumulando queda de -3,20% no ano.  Além do desempenho em relação à moeda brasileira, o dólar americano vem se fortalecendo contra várias moedas globais no ano.

A inflação foi novamente impactada pela alta no preço dos alimentos, explicada por fatores climáticos intensos em diversas regiões produtoras do país. Diante deste cenário, o Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (SELIC) para 10,75%, porém enfatizou um cenário de maior cautela e a necessidade de dados mais recentes para avaliação dos próximos passos. Mesmo com a piora no cenário, a expectativa de mercado segue com taxa básica de juros de 9% para o final do ano.

A taxa de desemprego aumentou para 7,8% no trimestre móvel terminado em fevereiro, acima da taxa de 7,6% registrada em janeiro. O aumento da taxa de desemprego era esperado pelos agentes de mercado, devido a sazonalidade do mercado de trabalho e da redução de velocidade da atividade econômica no período.

Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em março:

Exterior: Com a sequência de queda da inflação nas economias desenvolvidas e a proximidade com o início do ciclo de cortes nos juros básicos, os ativos financeiros tiveram desempenho positivo.

Nos Estados Unidos, o mês foi marcado pelo recorde do maior índice da bolsa americana (S&P 500) que atingiu 5.263 pontos, fechando o mês com alta de +3,1% e acumulando alta de +10,2% no ano. Apesar do mercado de trabalho aquecido e o forte desempenho da atividade econômica, a sinalização do Banco Central americano (FED) de três cortes na taxa básica de juros no ano impulsionou a busca por ativos de risco e levou o índice S&P 500 à máxima histórica.

Já na Zona do Euro, continua a tendência de queda da inflação e a expectativa para o início do ciclo de cortes na taxa de juros, embora o Banco Central Europeu (BCE) segue com cautela no discurso, enfatizando que a inflação de serviços e de salários estão em níveis muito elevados, devido ao mercado de trabalho aquecido.

Na China, os destaques foram o forte desempenho da produção industrial que foi impulsionado pelas exportações e o crescimento dos investimentos nos setores de manufatura e infraestrutura. Por outro lado, o setor imobiliário segue encolhendo com a queda nas vendas de casas novas. Com as exportações em alta e a competitividade dos produtos chineses que podem reduzir os preços dos produtos globalmente, a inflação pode intensificar a trajetória de queda, auxiliando os Bancos Centrais no difícil controle inflacionário.

As bolsas internacionais encerraram o mês com o seguinte desempenho: