Inflação persistente, aumento das taxas de juros no mundo, e receio de recessão.

O mês de junho foi negativo nas principais bolsas globais com as notícias referentes a inflação disseminada em vários setores e a necessidade de elevar a taxa de juros básicos. Como consequência, vários países têm reduzido a expectativa de crescimento econômico e o mercado já está precificando possibilidade de recessão nos próximos trimestres.

Brasil: Após um início de ano muito positivo, os ativos financeiros brasileiros tiveram um mês de forte queda, com o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, registrando perda de -11,5% no mês e o pior mês desde o início da pandemia em março de 2020.

Diante de uma série de incertezas no cenário macroeconômico, os títulos públicos tiveram elevação das taxas e consequentemente a queda nos preços, registrando desvalorização de até -5,6% no mês.

O índice de confiança empresarial (ICE), medido pela Fundação Getúlio Vargas, subiu 1,4 pontos em junho, chegando aos 98,8 pontos e atingindo o maior nível desde outubro de 2021. Todos os quatro setores que integram o índice (Indústria, Serviços, Comércio e Construção) tiveram aumento da confiança empresarial, sendo o destaque mais expressivo o setor do Comércio, puxado principalmente pela melhora nas avaliações correntes e expectativas futuras.

Com a melhora da atividade econômica nos primeiros meses, a projeção oficial do Banco Central para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu de 1,0% para +1,7% em 2022. Entretanto, com a taxa básica de juros (Selic) elevada, as previsões do mercado referente a expansão do PIB 2023 têm reduzido consideravelmente.

Como medida para conter a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária), elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5% na reunião de junho, atingindo 13,25% ao ano. Para o ano de 2022 as previsões mais recentes são de que os juros básicos encerrem o ano no patamar de 13,75%.

Com a aprovação da alíquota única do ICMS sobre os combustíveis, as projeções de inflação reduziram para faixa de 6,5% a 7,5% em 2022, sinalizando que o pico da inflação já foi superado.

Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em junho:

  1. A rentabilidade dos títulos públicos federais, medida pelo IMA-B (principal índice de referência dos títulos públicos brasileiros), foi negativa em -0,36%;
  2. O IBOVESPA, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou o mês com queda de -11,5%;
  3. O CDI, principal referência para os ativos de renda fixa, trouxe retorno de +1,02%;
  4. A caderneta de poupança rendeu +0,65% no mês;
  5. O dólar teve alta de +11,09% frente ao real, efeito da busca pela moeda norte americana em cenário macroeconômico instável.

Mundo: No exterior, a persistência do quadro inflacionário e a necessidade de aumentar as taxas de juros, elevou o risco de recessão em alguns países desenvolvidos e gerou muita instabilidade nos ativos.

Nos Estados Unidos, durante o mês de junho se intensificou a preocupação com uma recessão e abalou a confiança do consumidor. Os principais índices da bolsa americana tiveram fortes quedas, fechando o semestre como o pior primeiro semestre em mais de 50 anos. Quanto a política monetária, o FED (Banco Central americano) aumentou a taxa básica de juros em 0,75% e segue elevando o tom quanto ao combate a inflação e o mercado já espera novos aumentos nas taxas básicas de juros.

Na Zona do Euro, o pessimismo com a possibilidade de recessão no bloco, a persistência do quadro inflacionário e novos aumentos nas taxas de juros, também impactaram negativamente nos ativos, sendo que as principais bolsas acumulam perdas próximas a -20% no acumulado do ano.

Na China, após os impactos dos lockdowns nos últimos meses e a queda brusca no número de novos casos de covid-19, o mercado registrou fortes sinais de recuperação econômica, puxando para cima a demanda por matérias-primas em escala global. Os principais índices da bolsa chinesa tiveram seus maiores ganhos mensais desde julho de 2020.

As bolsas internacionais encerraram o mês de junho com o seguinte desempenho: O S&P500 (Índice que mede o desempenho de 500 empresas norte-americanas) fechou em queda de -8,39%. O Euro Stoxx 50 (Índice composto por 50 empresas de maior destaque da Zona do Euro) teve queda de -8,82% no mês. Entre os emergentes, o MSCI-EM (Índice de referência composto por ações dos principais países emergentes) fechou em queda de -5,96%.

WSS: Em junho a rentabilidade da WSS foi de -1,19%. O gráfico a seguir mostra a contribuição positiva ou negativa de acordo com o volume aplicado em cada segmento.

Obs: Cota WSS de junho é prévia, sujeita a pequenos ajustes.

No acumulado de 2022, os investimentos da WSS acumulam retorno de +3,70%. Nos últimos 12, 24 e 36 meses a rentabilidade da WSS acumula +4,39% (51% do CDI), +15,8% (141% do CDI) e +23,6% (145% do CDI) respectivamente.

Histórico de Rentabilidade da WSS x CDI e Poupança:

Atenção: Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura.