Otimismo no mercado local, mas atento a inflação e ao risco de recessão em alguns países desenvolvidos.

O mês de julho foi positivo no mercado local, embora os índices acumulados de inflação e a alta taxa de juros básicos seguem no radar dos investidores. No mercado externo, a maioria das bolsas fecharam positivas, motivado especialmente pelo tom mais agressivo dos bancos centrais em combater a inflação e pelo o alívio dos casos de Covid e lockdowns na China.

Brasil: Após a queda significativa no mês anterior, os ativos financeiros brasileiros tiveram um mês de bom desempenho, com o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, subindo +4,69%. Apesar desta melhora, no ano o índice ainda acumula queda de -1,58%.

O dólar encerrou o mês com queda de -0,95% frente ao real. No ano, a moeda norte-americana acumula queda de -7,03% frente ao real.

A deterioração do cenário fiscal ao longo do mês com a aprovação das novas medidas de auxílio social, fez com que as expectativas dos juros futuros se elevassem. Além disso há expectativa que o IPCA (Índice de inflação) seja negativo em 0,65% no mês, o que é positivo para o cenário de controle da inflação, por outro lado prejudica a rentabilidade dos títulos públicos de longo prazo indexados à inflação, que tiveram queda no mês.

As medidas do governo para redução de impostos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações reduziram a projeção média do mercado da inflação em 2022 para 7,15%, sinalizando que o pico da inflação já tenha sido superado no mês anterior.

Com a melhora da atividade econômica, a projeção oficial do Banco Central para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu de 1,50% para +1,97% em 2022. Entretanto, com a taxa básica de juros (Selic) elevada para controlar a inflação, a previsão do mercado referente a expansão do PIB em 2023 foi reduzida para +0,40%.

O índice de confiança empresarial (ICE), medido pela Fundação Getúlio Vargas, caiu 0,3 pontos, após acumular quatro altas consecutivas. Para os analistas, a queda é muito suave para indicar uma alteração no rumo de crescimento visto nos últimos meses. No entanto, para os meses seguintes, a elevação de juros globais, e a desaceleração da economia global e a baixa confiança do consumidor são fatores a serem monitorados.

Os ativos financeiros apresentaram o seguinte comportamento em julho:

  1. A rentabilidade dos títulos públicos federais, medida pelo IMA-B (principal índice de referência dos títulos públicos brasileiros), foi negativa em -0,88%;
  2. O IBOVESPA, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou o mês com alta de +4,69%;
  3. O CDI, principal referência para os ativos de renda fixa, trouxe retorno de +1,03%;
  4. A caderneta de poupança rendeu +0,66% no mês;
  5. O dólar encerrou o mês em queda de -0,95% frente ao real.

Mundo:  No exterior, com a inflação atingindo recordes das últimas décadas, os bancos centrais aceleraram o ritmo de aumento das taxas de juros para combatê-la em detrimento da desaceleração da atividade econômica. Além deste movimento, o mercado também reagiu positivamente ao alívio dos lockdowns na China e a liberação, por parte da Rússia, para despachar milhões de toneladas de grãos que estariam presos em portos ucranianos.

Nos Estados Unidos, os dados de inflação continuam muito acima da meta do FED (órgão equivalente ao Copom no Brasil), ainda que o mercado de trabalho esteja aquecido. O Banco Central Americano aumentou em julho a taxa básicas de juros em +0,75% e indicou que irá seguir com postura mais agressiva se necessário para combater a inflação.

Na China, o baixo crescimento econômico registrado no primeiro semestre de +2,5%, muito prejudicado por rigorosos bloqueios para conter os surtos de covid, causou muita instabilidade no mercado financeiro. Com a meta de crescimento econômico cada vez mais distante, o governo chinês prometeu tomar medidas para obter melhores resultados.

Já na Zona do Euro, a inflação atingiu novo recorde em julho, acelerando para +8,9% em 12 meses, muito acima da meta de +2,0%. Da mesma forma que outros países, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa básica de juros em +0,5% para combater a inflação, sendo a primeira alta desde 2011. A divulgação do crescimento econômico de +0,7% no segundo trimestre, muito acima da expectativa do mercado, trouxe alívio para o mercado financeiro.

As bolsas internacionais encerraram o mês de julho com o seguinte desempenho: O S&P500 (Índice que mede o desempenho de 500 empresas norte-americanas) fechou em alta de +9,1%. O Euro Stoxx 50 (Índice composto por 50 empresas de maior destaque da Zona do Euro) fechou em alta de +7,3% no mês. Entre os emergentes, o MSCI-EM (Índice de referência composto por ações dos principais países emergentes) fechou em queda de -0,7%.

WSS: Em julho a rentabilidade da WSS foi de +1,35%. O gráfico a seguir mostra a contribuição positiva ou negativa de acordo com o volume aplicado em cada segmento.

Obs: Cota WSS de julho é prévia, sujeita a pequenos ajustes.

No acumulado de 2022, os investimentos da WSS tiveram retorno de +5,09%. Nos últimos 12, 24 e 36 meses a rentabilidade da WSS acumula +5,8% (62% do CDI), +14,7% (122% do CDI) e +24,1% (143% do CDI) respectivamente.

Histórico de Rentabilidade da WSS x CDI e Poupança:

Atenção: Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura.